Quando Greta Thunberg decidiu fazer a sua viagem para os Estados Unidos de veleiro, alertando para os efeitos da aviação e do turismo nas alterações climáticas, houve quem ficasse surpreendido. A indústria do turismo deixou de fazer sentido? Temos de deixar de viajar de avião? 

Não necessariamente, mas é necessário criar novas formas de trabalhar, que equilibrem os conceitos  de sustentabilidade e rentabilidade no Turismo.  Para além do seu contributo para as emissões de CO2, devemos considerar o contributo do sector para o desenvolvimento das comunidades e para a criação de emprego e de riqueza. Alguns dados sobre o sector:

• O Turismo mundial cresceu em 2018 pelo 9º ano consecutivo, de acordo com o relatório da Organização Mundial de Turismo,
• O Turismo representa uma percentagem significativa do PIB mundial (total de 10,4%) ; em Portugal representa 13,7%,
• Calcula-se que por cada 10 pessoas, 1 pessoa trabalhe direta ou indiretamente no Turismo.

O claro aumento do número de turistas, a visível contribuição do Turismo para o desenvolvimento económico e o evidente resultado deste crescimento no ambiente são fatores que, cada vez mais, devem ser tidos em conta, tanto por parte dos gestores e estrategas de negócios de Turismo, como por parte dos turistas e das entidades reguladoras.  O sector do Turismo não deixou de fazer sentido, mas, para que os negócios de Turismo se possam manter rentáveis e manter os níveis de crescimento, é preciso que se adaptem. A Organização Mundial do Turismo fornece algumas recomendações que podem ser o caminho para a sustentabilidade do sector do Turismo:

• Fazer um uso eficiente dos recursos ambientais que constituem um elemento central do desenvolvimento turístico, 
• Manter os processos ecológicos essenciais e auxiliar na conservação do património natural e da biodiversidade,
• Respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades que recebem as atividades ou negócios turísticos, 
• Conservar o património cultural e valores tradicionais, 
• Contribuir para fomentar valores de compreensão e tolerância interculturais,
• Garantir operações económicas viáveis a longo prazo, fornecendo benefícios para todos os intervenientes, distribuídos de forma equitativa, incluindo oportunidades de emprego estável e serviços sociais, auxiliando na diminuição da pobreza,

A mesma organização aconselha o setor da hotelaria e acomodação a adotar estratégias de redução de consumo energético, preferindo energia solar e eólica para fornecer energia e optar sempre por servir produtos locais, por exemplo. É ainda recomendada a adoção de políticas de zero desperdício em restaurantes e cafés, bem como a sensibilização dos clientes para uma utilização consciente da água e da energia nos hotéis e locais de acomodação.  

Para a apoiar a sua empresa com o desenho e implementação de procedimentos que visam garantir a sustentabilidade (e rentabilidade ) no sector do Turismo, a Auren Portugal criou uma equipa multidisciplinar de consultores, engenheiros e formadores. Fale connosco através do nosso site e saiba como podemos ajudar.

 Auren, Together for Your success.

 

Sandra Nunes, Consultancy Manager